A dica de hoje do jornalista Anderson Olivieri – responsável pela comunicação do Cartório de Sobradinho – é a crônica ‘Ah! Essas Mulheres”, de autoria da escritora Renata Mofatti:
Pensei em escrever com leveza e simplicidade sobre as mulheres. Queria escrever um texto que fluísse de uma forma bem leve, atrativo, enfim feminino…
Uma crônica que fosse comparada com o vôo de um pássaro e gastronomicamente com o degustar de uma gelatina: que descesse leve por nossa goela abaixo.
Mulheres… As mais conhecidas são aos extremos. Ora transloucadas, ora fantásticas: Maria, mãe de Jesus, abnegada; Madonna, Rainha do Pop, foi mulher de um outro Jesus, mais de 70 anos: cantora louca e inteiraça; Madre Tereza de Calcutá, quem nunca ouviu falar?
E as “mulheres mães” comuns e fabulosas, que com a mão na massa nunca deixam o leite entornar, temperam maravilhosamente bem e esperam os filhos agarradas ao relógio.
Particularmente, as mulheres ao volante são as melhores, as mais hilárias, com exceção, é claro! Querem disputar o espaço com os homens, se dizem cautelosas, mas são medrosas… Estressam-se, fingem ter calma e soltam frases do tipo: “eu nunca bati”! “sou cuidadosa”! “tá com pressa, sai voando”!. O utensílio principal do automóvel, para essas mulheres, é o espelhinho do carro onde passam horas e horas retocando batom, espremendo espinha, tirando pêlos da sombracelha, etc e tal. A alegria maior é quando o sinal está fechado e o trânsito parado. É um tal de pegar celular e ligar para a amiga, olhar as vitrines e colocar música romântica que só vendo! (exceções à parte!)
Entender a alma feminina não é fácil, assim como não é fácil ser mulher… Tal qual a lua, somos cheias de fases, entraves e empasses. Por quantas vezes, quando comemos muito, nos sentimos “redondas” e quando estamos com dor de cotovelo, ficamos “minguantes”. Uma hora, sorriso escancarado, noutra, olhar emburrado. Nem sempre somos as donas do controle remoto e numa roda de homens quase nunca temos razão. Acredito que perdemos à razão quando soltamos nosso gritos estridentes, mas isso é um caso de fonoaudiologia, pois coisa que irrita é grito de mulher, principalmente daqueles desesperados: “ai, olha uma baraaaaaata”!
Mulher não pode entender de futebol, senão é “mulher macho”; não pode entrar na política senão é “pra frente”; não pode tomar a iniciativa no namoro, senão é “safada”; não pode dirigir que é taxada de “barbeira”; não pode se emperequetar muito, senão é “perua”; não pode ficar desarrumada, senão é “lambona”; não pode admirar outra mulher, senão é “invejosa”… Difícil assim!
Mas a graça ou desgraça de ser mulher é essa mesma: aceitar quem somos, como somos, independente do rosto estar coberto de espinhas ou panqueique para disfarçar. Independente de ser difícil chorar com rímel nos olhos… Ser mulher é se preocupar se absorvente está aparecendo, se a calcinha está marcando ou torta… É corar o rosto quando um caminhão de jogadores está passando e todos gritam simultaneamente: “gostooooooooosa”! Ser mulher é chorar em filmes água com açúcar, é ler receitas de dietas e mesmo errada, teimar que está certa.
Ser mulher é escrever sobre coisas de mulheres com o tempo esgotado. Ops,! por falar nisso são 10h00, tenho horário marcado, vou me despedir de vocês, leitores, pois vou experimentar um novo tipo de escova: creme de chantilly com extrato de sorvete caramelado.
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