A dica de hoje do jornalista Anderson Olivieri – responsável pela comunicação do Cartório de Sobradinho – é o livro recém-lançado por ele, “Rosa, uma brasileira”, o qual se constitui numa novela-biográfica cuja personagem principal é uma baiana, negra, vítima dos mais graves abusos e absurdos. Para adquirir o livro, clique aqui:
Neste ano, numa viagem à Bahia, eu decidi procurar Rosa, que trabalhou como empregada doméstica na casa da minha família há quase três décadas.
Para encontrá-la, me embrenhei por um dos distritos mais violentos da Grande Salvador. A surpresa pelo reencontro foi recíproca. Para ela, por causa do aparecimento inesperado; para mim, porque cheguei a cogitar que Rosa tivesse morrido.
Quando eu tinha doze anos, conheci Rosa e a extrema pobreza de uma vida marcada pela falta de comida e afeto. Mas a situação dela era ainda mais espinhosa do que eu imaginava.
Inúmeras vezes ela precisou fazer do lixo o seu supermercado; das latinhas catadas, sua renda; e do telhado de pau de goiabeira e palha, seu teto de casa.
Por um trabalho em Brasília, na casa da minha família, Rosa largou tudo em 1995: filhos pequenos, marido, parentes, amigos e a Bahia. Por quase sete meses, resistiu à distância de sua gente e de sua terra até que a saudade dos filhos a forçou a pedir demissão.
Rosa saiu da vida da minha família, mas nunca completamente. Era sempre lembrada por suas virtudes — bondade, alegria e sinceridade — e habilidades, destaque para o talento na cozinha.
Rosa, uma brasileira é uma novela que narra esta trinca de eventos: a minha busca por Rosa em 2022; sua vida plantada na dor; e a sua passagem inesquecível por Brasília em 1995.
É, em suma, a biografia de uma mulher brasileira que nunca experimentou a calmaria de um mar de rosas.
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