A dica de hoje do jornalista Anderson Olivieri – responsável pela comunicação do Cartório de Sobradinho – é o poema “Tarde”, do celebrado cronista e, como se vê aqui, poeta nas horas vagas Rubem Braga:
E quando nós saímos era a Lua,
Era o vento caído, o mar sereno
Azul e cinza azul anoitecendo
A tarde triste das amendoeiras.
E respiramos livres das ardências
Do sol que nos levara à sombra cauta,
Tangidos pelo canto das cigarras
Dentro e fora de nós exasperadas.
Andamos em silêncio pela praia.
Nos corpos leves e lavados ia
O sentimento do prazer cumprido.
– Se mágoa me ficou, na despedida,
Não fez mal que ficasse, nem doesse;
Era bem doce, perto das antigas.
– Rubem Braga
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