DICA DE LEITURA: “CONTRATEMPOS DA INAUGURAÇÃO DE BRASÍLIA”, DE ANDERSON OLIVIERI

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A dica de hoje do jornalista Anderson Olivieri – responsável pela comunicação do Cartório de Sobradinho – é a crônica “Contratempos da inauguração de Brasília”, de sua autoria:

“É provável que você saiba que a primeira-dama Sarah Kubitschek encomendou, para a festa de inauguração de Brasília, um vestido de pura seda branca, o qual consumiu 12 metros de tecido e cinco mil cristais, vidrilhos e lantejoulas.

Também não deve ser novidade para você que JK, no baile de gala realizado no salão do Brasília Palace Hotel, comprovou a fama de exímio dançarino ao fazer bonito na valsa com a Miss Brasília 1959, Marta Garcia.

Antes, na missa campal ocorrida em tenda improvisada em frente ao Palácio da Justiça, o presidente não segurou a emoção e permitiu que as lágrimas corressem pelo rosto. Isso aconteceu, como registram as memórias de Juscelino Kubitschek, no minuto 20 do dia 21 de abril.

É de conhecimento público também que o primeiro ato oficial do governo na nova capital, logo no dia 21 de abril, foi a proposta, assinada e encaminhada ao Congresso Nacional, de criação da Universidade de Brasília.

Enfim, essas e tantas outras histórias já foram contadas, em verso e prosa, em diversos livros, documentários, palestras, reportagens, conversas de boteco. Elas integram a narrativa perfeita da epopeia da inauguração de Brasília.

Quem as vê ou lê simplesmente imagina que 21 de abril de 1960 transcorreu sem intercorrências na nova capital. E não é bem assim. Tudo se fez presente em Brasília naquele dia – inclusive os contratempos.

Na véspera aconteceu o que talvez tenha sido o primeiro acidente de trânsito de Brasília. O deputado gaúcho Clóvis Pestana foi atropelado por uma Rural Willys ao tentar atravessar a W3 Sul, ainda uma via pelada – sem placas, faixas no chão e semáforos no alto.

Houve também o problema da água no Palácio da Alvorada, que recebeu muitos hóspedes ilustres. Com a superlotação, as caixas d’água secaram bem na hora da arrumação geral para o baile de gala daquela noite. Só horas depois Israel Pinheiro conseguiu um caminhão-pipa da Novacap para reabastecer o Palácio.

No baile, o traje exigido dos homens foi fraque preto e cartola, por alguns incrementado com elegantes bengalas. Das damas cobraram-se vestidos longos, de preferência originários da alta costura francesa. Não foram poucos, no entanto, os que chegaram nessa pompa toda carimbados, em vários pontos da roupa de gala, da poeira vermelha e grudenta do canteiro de obras que ainda era Brasília.

Mas apuro mesmo passou um jovem repórter do Diário da Noite. Hospedado no Brasília Palace, encontrou no corredor uma grã-fina com quem tivera um rolo mal resolvido. A mulher, figura notável da alta sociedade carioca, não perdeu tempo. Puxou o rapaz para dentro do seu quarto e pôs-se a testar a cama do estreante hotel, que restaria aprovada pelos dois.

Aprovação que não se estenderia à porta do quarto. Instalada às pressas, emperrou bem na hora da partida cabreira do repórter. Demorou até que ele, já esbaforido, conseguisse a liberdade.

Uma liberdade assistida por um corredor, àquela altura, lotado de curiosos importantes da República.”

Para acompanhar outras crônicas deste autor, visite o site www.apalavrado.com.br.

Visite-nos pelo https://linktr.ee/cartoriodesobradinho

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