A dica de hoje do jornalista Anderson Olivieri – responsável pela comunicação do Cartório de Sobradinho – é o poema ‘O papel de cada um”, de autoria do escritor Ronaldo Costa Fernandes:
O papel de cada um
Nem todo papel
tem o mesmo peso.
Os papéis do divórcio
têm a gramatura descabelada.
O quilo do atestado de óbito
é áspero e melancólico.
A saliva da máquina me azeita.
Guardo a fome na despensa.
A roda do desejo ainda me saliva.
A largura do mínimo.
Trago minhas opiniões,
evaporo minhas ideias,
e o que me resta são cinzas.
Minha pele, o papel do meu corpo,
se destitui do tempo.
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